quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"...Saudade, já não sei se é a palavra certa para usar..."

 

O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."(Mário Quintana)


Pois é...é com essa frase do Mário Quintana q eu começo a escrever hoje, nesse dia tão bonito de sol...mais um dia q eu tô sem meu amor!!!!É...aquele ingrato foi viajar p/ São Paulo e me deixou aqui, amargurada, sofrendo (nossa, como sofre essa guria,hehehehe)...Então, ele foi sábado passado p/ lá, portanto, 5 dias longe dele...5 dias que mais parecem 5 milhões de anos!!!Estive pensando esses dias, como é engraçado esse tal sentimento chamado AMOR. Eu achei q superaria ficar uma semana longe dele, até por não ser tanto tempo assim.E mesmo longe, a gente se falaria todos os dias. Mas como é estranho ficar longe de quem a gente mais ama. Pequenas coisas como um beijinho de boa noite antes de dormir, como acordar com um outro beijinho pela manhã, nossas looongas conversas e risadas a noite, dormir de conchinha, dizer de 10 em 10 minutos aquela frase mágica "EU TE AMO!",enfim, tudo isso q acaba sendo uma coisa tão costumeira do dia a dia, quase que automática, mas q fazem uma falta enorme na minha vida. Quantas noites eu não durmo direito,pensando se ele tá bem, se tá se alimentando bem, se tá cansado (bem coisa de mãe,hehehehe)...quantas vezes eu fiquei tonta de tanto cheirar o sapinho q ele me deu, q tem o perfume dele (aliás, eu cheirei tanto q já tá saindo o cheiro,hehehehe)... é brabo. São nessas horas q a gente vê o tamanho do nosso amor. Eu, nesse momento, posso dizer q encontrei o amor da minha vida. Eu posso encher a boca p/ falar que encontrei o homem perfeito, o principe encantado (só q ao invés do cavalo branco, veio num Corsa "cor de vinho",hahahahaha...mas tá valendo!).Posso dizer q me sinto realizada, plena, feliz. Só tenho a agradeçer a deus por ter me abençoado com uma pessoa tão maravilhosa.Agora eu sei o verdadeiro sentido da palavra AMOR. Pois só agora é verdadeiro e único.
E o q me resta  é esperar ele voltar...falta pouco agora (2 dias e meio,praticamente).Enquanto isso, fico na  expectativa de ver ele denovo, de abraçar ele, encher de beijos...éééé...pelo jeito o fim de semana vai ser loooongo... :)

P/ terminar, vou deixar uma crônica da Martha Medeiros... fala sobre saudade também, mas no sentido de quem ama e não é correspondido...não é bem o q acontece comigo e com ele, até pq nós ainda estamos juntos (na verdade, vamos estar juntos por uns 90 anos +ou-,hehehehe), mas eu achei bem bacana p/ encerrar esse dia...

Ah...só p/ não perder o costume...AMOR, TE AMOOOO!!!! ;)

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A DOR QUE DÓI MAIS
Martha Medeiros
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o escritório e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua pintando o cabelo de vermelho. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango assado, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua surfando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim, doer.